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Guerra tarifária EUA X China

A guerra tarifária entre os Estados Unidos e a China, iniciada em 2018, durante o primeiro mandato do Presidente Donald Trump, marcou uma das mais intensas disputas comerciais do século XXI. Ela envolveu a imposição de tarifas bilionárias sobre bens importados entre as duas maiores economias do mundo, afetando cadeias produtivas globais e gerando instabilidade nos mercados financeiros.

Já no início de 2025, Trump, em seu segundo mandato, intensificou as tarifas sobre produtos chineses, elevando-as para até 145%. Em resposta, a China aumentou suas tarifas sobre produtos americanos para 125%, tornando o comércio bilateral extremamente oneroso e reduzindo drasticamente o volume de trocas entre as duas nações.

Essas medidas levaram a uma queda significativa nas exportações chinesas para os EUA, com uma redução de 21% em abril. Apesar disso, as exportações chinesas superaram as expectativas, indicando uma possível adaptação das empresas chinesas ao novo cenário tarifário. Em meio à escalada tarifária, representantes dos EUA e da China se reuniram em Genebra para tentar conter a guerra comercial. O presidente Trump sugeriu uma redução das tarifas de 145% para 80% sobre produtos chineses, sinalizando uma possível flexibilização das medidas.

A proposta de redução tarifária gerou otimismo entre líderes empresariais, especialmente no setor varejista, que tem sido fortemente impactado pelas tarifas elevadas. No entanto, mesmo com a possível redução, as tarifas permaneceriam em níveis historicamente altos, continuando a afetar os preços ao consumidor e as cadeias de suprimentos.

A guerra tarifária entre as duas maiores economias do mundo tem repercussões globais. Empresas multinacionais, como a gigante de transporte marítimo Maersk, relataram uma queda acentuada nos volumes de comércio entre os EUA e a China, embora a demanda em outras regiões tenha permanecido estável.

Analistas apontam que, apesar das preocupações com uma possível recessão, a economia dos EUA pode ser mais resiliente do que o esperado, devido a fatores como a diversificação de fornecedores e o estoque prévio de produtos antes das tarifas entrarem em vigor.

As negociações em Genebra representam uma oportunidade para reduzir as tensões comerciais. No entanto, as diferenças estruturais entre os dois países, como questões de propriedade intelectual e subsídios estatais, continuam sendo obstáculos significativos para um acordo abrangente. Enquanto isso, os mercados globais permanecem atentos aos desdobramentos, com a esperança de que uma resolução possa trazer estabilidade ao comércio internacional e evitar uma desaceleração econômica mais ampla.

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